O ser humano está a cada dia mais individualista e imprevisível, proveniente de alguma forma do fruto da intolerância, desagregação social, aumento da criminalidade, corrupção, queda na confiança de nossas instituições, especialmente de nossos políticos, pessimismo com relação ao futuro do país e da própria democracia.
Porém esse fato, guardado as devidas proporções, é um fenômeno mundial, e não é de hoje.
A urbanização fria e solitária e os meios de comunicação eliminam gradativamente a conversa familiar em volta da mesa, à transmissão de valores básicos como a ética e a confiança entre duas pessoas ou mais, sentimento este incondicional, mas gerado com base em experiências passadas que corroboram um padrão de pensamentos e formação de caráteres similares, valores compartilhados percebidos como compatíveis.
Somos capazes de identificar os valores que determinam por que as pessoas se comportam de uma determinada maneira, que seriam os valores culturais. Portanto, quando digo que confio em alguém, estou querendo dizer que pertencemos à mesma comunidade de valores ou cultura, e sei que ele estará tão orientado para atender a meus/nossos interesses quanto eu próprio estaria se estivesse no lugar dele.
Assim, como também no âmbito profissional, quando estamos negociando com uma categoria mais relevante, um patrocínio, ou até a gestão da carreira profissional, a confiança e a credibilidade são fatores preponderantes nesta negociação para que seja igualitária, o excesso de negociações é um indicador seguro de falta de confiança porque, pois no limite, quando se confia totalmente, não se negocia. Assim, quanto maior o número de negociações, menor a abertura entre os interlocutores.
Quando se perde a confiança e a credibilidade por si só, perde-se tudo.
Numa pesquisa mundial sobre confiança e credibilidade nas instituições, 50% dos americanos, 30% dos mexicanos e 60% dos guatemaltecos afirmam que “confiam na maioria das pessoas”.
Em 1995, nosso índice era um pouco maior, 10%, mas depois despencou gradativamente para 2%. Hoje o Brasil tem um dos mais baixos índices do mundo, somente 2% dos brasileiros confiam na maioria das pessoas.
Exposto isto, gerar credibilidade e confiança em pro do desenvolvimento mutuo seria transformar nossos 2% em 100%, significa crescer nada menos do que 50 vezes, transformar filosoficamente o Brasil num país onde todos confiem na maioria das pessoas, através de laços de confiança para que possam cooperar entre si em prol de um objetivo comum, seja uma categoria, um evento esportivo, um produto, uma ONG, um hospital ou até num país.
O princípio da confiança é uma ponte entre a boa-fé objetiva e a boa-fé subjetiva na formação da proteção das expectativas legítimas entre as partes.
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