O esporte a motor, dentro e fora das pistas e comumente competitivo e sagaz, alguns pilotos e equipes são naturalmente criativos, se adaptando e destacando mais rapidamente neste ambiente mutante, ao passo que a maioria só é capaz de ter alguns poucos pensamentos originais. Certos indivíduos nascem para liderar e todos os outros são meros coadjuvantes. Alguns conseguem exercer um impacto real ao esporte, mas a maior parte não.
Esse colocação nada mais é que uma Miopia de Marketing, pois na verdade isso inexiste! Todos podem aprimorar sua criatividade!
Tal fato foi desmistificado cientificamente pelo Psicólogo Organizacional Adam Grant. Anos atrás, os psicólogos descobriram que existem 2 tipos de caminhos para a realização: conformismo e originalidade.
Conformismo significa seguir a onda, fazer o usual, percorrendo os caminhos convencionais e mantendo o status quo. Originalidade é tomar o caminho menos trilhado, defendendo um conjunto de ideias novas que contrariam o pensamento corrente mas que, no final, resultam em algo melhor.
Evoluímos no esporte e nos desenvolvemos saindo do nada, só da intenção e precisamos ir “evoluindo”, completando etapas difíceis, atingindo níveis de experiência diferenciados com um grau de destreza elevado. Tudo isso pela vitória, para chegar ao auge da carreira.
Pesquisas demonstram que os esportistas mais criativos são aqueles menos inclinados a se tornarem pupilos de seus mentores, são os que demonstram um toque de ousadia e instinto natural.
A prática leva a perfeição, mas não ao novo! Muitos esportistas brilhantes deixam de usar suas competências diferenciadas para seguir um sistema de técnicas ortodoxo e secular. Pensar fora da caixa!
A maioria acaba seguindo essa tocada inconscientemente. Dominamos nossa técnica sem questionar os padrões e sem provocar ruído nas comunicações. Em todas as categorias as quais se aventuram, optam pelo caminho mais seguro, seguindo os passos “convencionais” para o sucesso.
Façamos uma reflexão. Quando foi a última vez que você inovou e agiu por instinto adquirido pela profissão? Quando foi a última vez que se interessou por uma ação ou ideia diferente?
O que acontece quando se propõe isso? No caso de sucesso você é ovacionado e idolatrado, mas é se der errado? Inconscientemente, você mina, destrói a originalidade, criatividade.
E pra piorar, vem a motivação para o sucesso. Quando ela chega ao auge, ela abafa o instinto e a criatividade. Quanto mais você valoriza o sucesso, mais tem medo do fracasso. Nas palavras dos psicólogos Todd Lubart e Robert Sternberg – “a partir de um nível intermediário de necessidade de sucesso, há evidências de que as pessoas se tornem de fato menos criativas”.
O anseio por ser campeão associado ao medo do fracasso, deteve alguns dos maiores pilotos e agentes de transformação da história dos esportes a motor.
Exposto esta reflexão, ainda acredito que as equipes e pilotos que se destacam nesse meio tão competitivo dos esportes a motor, se baseiam em experiências adquiridas, convencionadas, na originalidade, mas não relutam em perseguir e deixar espaço para a criatividade e instinto adquirido pela profissão.
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